As ligas com memória de forma são ligas metálicas que possuem a habilidade de retornar a sua forma previamente definidas quando submetidas a um tratamento termomecânico apropriado. A transformação de fase martensítica é a responsável por promover a recuperação de forma dessas ligas com memória de forma, gerando dois tipos de efeitos, a superelasticidade e o efeito memória de forma. Estas propriedades despertam interesses tecnológicos e as ligas possuem inúmeras aplicações. Embora uma variedade de ligas exiba o efeito memória de forma, somente aquelas que podem recuperar uma quantidade substancial de deformação possuem interesses comerciais, dentre estas, as ligas a base de NiTi. Esse tipo de liga vem sendo empregada, com sucesso, no ramo da odontologia, especificamente no uso de aparelhos ortodônticos, em aplicações como brackets e fios. No presente trabalho, os fios da liga de NiTi foram obtidos por compra no comércio local. As amostras foram submetidas a tratamentos termomecânicos utilizando um forno tipo Mufla para aquecimento à temperatura de 800 ºC durante o intervalo de 5 minutos, com deformação mecânica por martelamento em bigorna. Em seguida, as amostras foram embutidas em resina acrílica e submetidas ao processo de lixamento (lixas 220, 360, 400, 500, 600, 800, 1000 e 1200 de granulometria) e polimento com alumina 1µm utilizando uma lixadeira/politriz Arapol 2V-PU. Foram realizadas as análises de microscopia óptica em um microscópio ótico GX51 da marca Olympus, e microdureza num microdurômetro HMV-2 da marca Shimadzu. A partir do ensaio de microdureza realizado nas amostras tratadas termomecanicamente, foi constatada uma dureza média de 296 HV que, comparada a valores médios tabelados de 490 HV para o mesmo material em seu estado comercial, apresenta uma diferença considerável. Essa diminuição da dureza do material pode indicar uma alteração da sua microestrutura predominantemente austenítica (com característica de superelasticidade) para uma microestrutura predominantemente martensítica (com característica de pseudoelasticidade), dando indícios que o tratamento termomecânico seria responsável por estabilizar a fase martensítica. A microscopia ótica revelou indícios dessa possível predominância da fase martensítica bem como a manutenção da granulometria refinada.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas